CAIXA DE CORREIO





 Está afixada na sala de convívio dos alunos uma Caixa de Correio onde os alunos podem colocar dúvidas relacionadas com a Educação para a Saúde e Educação Sexual, às quais serão dadas respostas num placard.



   ES - ESPAÇO SAÚDE

   No ES (Espaço Saúde) poderás colocar dúvidas e problemas sobre o teu bem-estar físico e psicológico a pessoas que te poderão ouvir e ajudar; vamos tentar encontrar algumas respostas, fornecer-te informação e, caso seja necessário, proceder a encaminhamento.
    A equipa do ES está disponível para te conhecer e  aconselhar, de forma individual mas também em grupo. No cartaz podes consultar o horário de funcionamento do gabinete.


Está aqui um video interessante sobre Síndrome de Burnout em professores...(apesar de estar em português do Brasil)
 
SAÚDE DO PROFESSOR
Sabes aquele professor apático, cansado e irritado? Ele nem sempre foi assim. Ele já foi alguém animado e comprometido com a sua profissão. Ele já foi um profissional responsável e perseverante. Ele já foi idealista e sonhador. O que terá acontecido no seu percurso que o tornou um profissional tão “apagado”?
 O professor está doente. O professor está cansado! O professor está farto! Excesso de trabalho, de burocracia, indisciplina na sala de aula, violência verbal e física, pressão de pais e encarregados de educação de alunos, desgaste físico e psicológico, oportunidades de carreira pouco interessante, descontos no seu salário, medo de perder o emprego e, principalmente, a falta de reconhecimento da sua atividade são algumas das causas de stresse, ansiedade e depressão que vêm acometendo os docentes.
O trabalho devia ser fonte de realização e prazer, mas pode causar sofrimento e enfermidades.
Entre as queixas mais frequentes estão as dores musculares, dores de cabeça, stresse.
O stresse já é reconhecido por organismos internacionais como “enfermidade profissional”, cujos efeitos atingem o ambiente escolar. É considerado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) não somente como um fenómeno isolado mas, “um risco ocupacional significativo”.
Estudos realizados em diversos países da América e da Europa têm demonstrado que os docentes estão permanentemente sujeitos a uma deterioração progressiva da sua saúde.
Partindo da hipótese de que as condições de trabalho - excesso de tarefas e ruídos, pressão por requalificação profissional, falta de apoio institucional e de docentes em número necessário, entre outras - geram um sobre esforço na realização das suas tarefas, o estudo conclui que os resultados aferidos nas diversas cidades são convergentes e que os professores estão mais sujeitos que outros grupos a terem transtornos psíquicos de intensidade variada.
Na atualidade, o papel do professor não é apenas o de transmitir conhecimentos ao aluno. Enquanto educador, a extensão de seu trabalho ultrapassa os limites da sala de aula, de forma a garantir uma articulação entre a escola e a comunidade. O professor, além de ensinar, tem também como tarefa participar de todo o processo educativo, desde a gestão até o planeamento escolar.
O caminho para encontrar a melhoria na qualidade de vida tem que vir de dentro para fora. O conceito de bem-estar deve partir da própria pessoa. E isso torna-se uma agravante, pois verificamos nos docentes uma jornada de trabalho excessiva, muitas vezes, ocupando os três turnos, gerando pouco tempo livre destinado ao lazer. O stresse torna-se então crónico, os professores ficam cada vez mais cansados, sem perspetivas de crescimento, irritam-se com facilidade.
“Burnout”, a síndrome da desistência do educador, que pode levar à falência da educação”

Síndrome de Burnout
A Burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a Burnout reconhece-se pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, novas ideias, concentração, autoconfiança e humor.
As principais causas da doença são: políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina; atitude e comportamento dos administradores e gestores; avaliação dos administradores e supervisores; atitude e comportamento de outros professores e profissionais; carga de trabalho excessiva; oportunidades de carreira pouco interessante; baixo status da profissão de professor; falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem; alunos barulhentos; lidar com os pais.
“Mal-estar docente” - “Algo que sabemos que não vai bem, mas não somos capazes de definir o que não funciona e por quê”.
Nos casos mais sérios, os sintomas acabam por afastar os profissionais da sala de aula.
Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula.
Como prevenir ou tratar problemas de saúde dos professores? Ações que, se bem articuladas, contribuem para a sua saúde e bem-estar e incitam a um melhor desempenho profissional, tendo impacto positivo na qualidade da Educação:
• Receber o apoio dos órgãos da direção;
• Poder contar com o apoio dos colegas;
• Manter a indisciplina sob controlo;
• Ter boas condições de trabalho;
• Estar por dentro do projeto pedagógico;
• Manter-se em constante formação;
• Dispor de horários para estudo e lazer;
• Progressão na carreira;
• Ser prestigiado…
Como construir saúde nestas circunstâncias? Como escapar da clausura do individualismo, que tanto nos faz sofrer por acreditarmos que há algo em nós que está errado e que precisa ser remediado? Como resistir aos tentáculos da racionalidade biomédica que,…, nos classifica como doentes? Que estratégias podemos sugerir aos professores neste combate à medicalização da vida?

A Equipa da Saúde deseja a todos os professores um ótimo final de ano letivo!